quinta-feira, 18 de março de 2010

Este título não vai te vender o texto

Destrua-se!
Não deixe sobrar nem um pedaço.
Acabe com tudo isso que leva o nome de integridade e/ou moral.
A tradição está falida, aproveite pra enterrar os costumes e o bom senso.
O orgulho e narcisismo foram encontrados no ralo.
Não diga que Deus está morto se ainda consigo respirar.
O homem é o lixo da própria humanidade. Condenamos tudo que somos, tudo o que não presta, tudo que nos faz humano.

Não ache que sou apenas uma merda ambulante...
Também sou meu trabalho, mesmo não sabendo como continuo fazendo a mesma besteira todos os dias. Já pensou na quantidade de conhecimento que é desperdiçado? Perdemos nossos dias fazendo tarefas que nem ao menos servem para aprendermos algo que levará adiante. Só reproduzimos o que encontramos nos manuais!
Sou minha família quando faço de tudo pra não passar o natal com os mesmos coitados.
Sou meu carro que comprei em cento e trinta e sete prestações, mas o vidro elétrico e o alarme me protegerão da imundice das ruas.
Sou também minha casa e todos os aparelhos, máquinas e facilidades/futilidades da vida moderna.
Sou meu dinheiro, ou o que restar do mesmo. Saia na rua sem nenhuma forma de moeda (dinheiro, moeda, cartão, cheque, órgãos sexuais...) e verá o porquê você é, além de todo o vazio acima e abaixo, seu querido e suado dinheiro.
Tentarei ser meu plano de saúde, se o mesmo servir de forma quase digna algum dia.
Não sou o Amor, não sou a Raiva, nem o Ódio, muito menos o Perdão e a Sabedoria.
Também não sou o meu pensamento e estou muito longe de ser ele. Engraçado, não?
O pensamento agora é visto como um alter ego que nunca se exteriorizará. Quem mostraria seus pensamentos mais sujos? Aqueles que só você tem (des)conhecimento. Esconda-se de você mesmo! É isso que todos queremos.
Eu sou o que mostro ser. Mas não fique equivocado por que você também é tudo isso que sou e estamos no mesmo patamar de mediocridade: a Sociedade.
Agora mesmo, estou financiando tudo o que critico e você também. Irônica e contraditória. Minha voz denuncia a modernidade em nome dos valores que a própria modernidade criou.
Não hesitaria em dizer que somos a parte da história mais desprezível e descartável.
Somos condenados a auto-condenação!
A falta de propósito chama meu nome.
Quem foi que disse que tenho que lutar por algo?
O que irei defender? O meio-ambiente? Guevara? Hitler? Legalização das drogas? Aborto? Paciência, paciência é o que preciso!
Por que diabos acreditaria em algo que não tem meu suor? Vou defender a natureza como os cybers-ambientalistas que compram idéias pré-fabricadas na internet e se tornam revolucionários de poltrona? Não, prefiro me excluir dessa hipocrisia chamada de 'acreditar sem entender e sem agir'. Acreditar virou sinônimo de 'limitar-se'. De limites, estou cheio. Já me disseram que não posso voar, nem mudar o real, nem voltar no tempo, nem muito menos ter um amor de verdade... Me limitei a isto.
Enfim, no final, tudo não passa de um castelo de areia imaginário. É tão ridículo que no próprio plano metafísico não se concretiza.
Todas essas linhas têm uma intenção: 'BOICOTE-SE!'
Nada é real, nem um tiro na sua testa.



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FNORD

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